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RESUMO

O artigo investiga as consequências da Expansão portuguesa na Ásia durante a primeira década a seguir à viagem de Vasco da Gama à Índia. O autor centra a atenção nos diferentes níveis de conhecimento dos historiadores contemporâneos, por um lado e, por outro, no conhecimento dos próprios agentes da época acerca da situação económica e política em inícios do século XVI - aquilo a que chama “o equilíbrio da ignorância« (balance of ignorance). Os portugueses pensavam ter encon­trado na Índia inúmeros Estados cristãos e, por conseguinte, potenciais aliados contra os mercadores muçulmanos aí pre­sentes. Rapidamente se chegou à conclusão de que, além dos muçulmanos, eram sobretudo os hindus quem determinava a situação política na Índia e que os cristãos eram apenas uma minoria em acentuado decréscimo. Tais constatações empíri­cas nem sempre eram documentadas por escrito, sendo muitas vezes apenas transmitidas oralmente. A incerteza das informa­ções sobre as condições económicas e políticas também atingia Veneza, concorrente de Portugal, a qual sobrestimou o signifi­cado atribuído por Portugal à política de alianças com Estados indianos para dominar o comércio das especiarias, enquanto, na realidade, Lisboa apostava bem mais nas medidas de blo­queio no Oceano Índico. Aliás, a quebra das importações de pimenta na zona do Mediterrâneo era menos devida à presença portuguesa na Ásia, como acreditavam alguns observadores venezianos, do que às, muito mais significativas, perturbações políticas na Península Arábica. Estes erros de apreciação fize­ram com que Veneza levasse o Reino dos Mamelucos a uma contra-ofensiva nos anos 1507-1509, que acabou, no entanto, por fracassar, devido à falta de apoio por parte dos soberanos muçulmanos na costa Noroeste da Índia.

 

(ibid., S. 44)

Anmerkungen und Literatur zur Einführung